sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Morre Snooki!

Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência!

ODEIO-TE SNOOKI!


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

S. Valentim. E então?

Não percebo porque é que tanta gente goza e critica o Dia dos Namorados. Pra mim é uma data comemorativa como outra qualquer, em que temos mais um 'pretexto' pra mimar a pessoa que está ao nosso lado e comemorar o Amor. As mesmas pessoas que criticam o Dia dos Namorados pelo consumismo ou pelo ''ridiculo'' que é haver um ritual diferente neste dia só porque isso deve acontecer todos os dias e não só num dia especifico para o efeito, são as mesmas pessoas que festejam o Natal (a época mais consumista de todo o ano e que eu saiba devemo-nos lembrar e estar com a família todo o ano e não só no Natal, certo?), o dia de aniversário (então não devemos comemorar o facto de estarmos vivos todos os dias?), o Ano Novo (qual é a cena? é um dia como todos os outros em que só muda um digito do ano em questão), o Carnaval (devemos divertirmo-nos e mascararmo-nos quando nos der na gana e não num dia que alguém estipulou, ou nao??), já pra não falar no dia da Mãe ou no dia do Pai.

O Dia dos Namorados é só mais um dia pra fazermos algo de diferente como tantos outros, com a diferença de que todos os casais do Mundo estão em sintonia neste dia. É uma tradição como tantas outras, baseada na história de S. Valentim. Não sejam más linguas e não critiquem só porque sim, contrariem o típico português que fala mal só porque não tem mais nada pra dizer! Celebrem mazé o Amor, seja com namorado, família ou Amigos e preocupem-se com o que é realmente importante: A Felicidade!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Dura Praxis Sed Praxis

Há já algum tempo que tenho vindo a pensar mais insistentemente num assunto que já me anda a tirar do sério. Por vários motivos. A palavra 'praxe' já mete náuseas. E nojo também! Juro que não queria cair no cliché de escrever ou postar noticias sobre tal assunto, mas não consigo. Que palhaçada!
Não sei por onde hei-de começar: na palhaçada que se tem vindo a tornar (algum) Jornalismo em Portugal ou a única coisa que de palhaçada não tem nada, que é justamente a dor e sofrimento das Famílias das vítimas.
Pois bem, a tragédia do Meco, assunto de pequeno almoço, almoço e jantar para muita gente, inclusive para mim, já enjoa. Não pelas diversas noticias estúpidas, sensacionalistas, deturpadas, infundadas e forçadas que teimam em alimentar, porque a isso já nos habituaram. Mas sim, pela dor, tristeza, emoção, sofrimento e saudade das famílias das vitimas, que, ao que parece, ninguém respeita. Por um lado, ainda bem que temos jornalistas persistentes que decidiram tornar este caso num caso típico do Correio da Manhã, caso contrário nunca teria tido a visibilidade que teve e não estaria a ser investigado, da forma como está, pelo MP. Se, em conjunto com os media, não fossem as famílias a dar corda ao sapatinho bem que a coisa teria sido, de fininho, abafada. Mas enfim, é o Pais que temos. Somos tão bons e tão merdosos ao mesmo tempo.
Adiante. Compreendo que se faça Jornalismo e se falem de mortes e dramas e tudo isso. Afinal quem já não comentou este caso, ou quem já não perdeu um segundo a pensar no que realmente aconteceu naquela noite? Creio que todos nós. Mas fazerem reconstituições infundadas do que aconteceu, pagarem a actores/figurinos para decorarem um texto(zinho) de merda a reconstituir o que se passou naquela noite é só, a meu ver, estúpido. E de profissional, zero. Contra mim falo, pois a Sra. Jornalista que o fez, é das minhas preferidas, mas desta vez poderia muito bem ter-se dedicado a investigar uma das 1001 lacunas da justiça portuguesa. Seria, certamente, muito mais bem sucedida. É um facto que este tipo de noticias ou reportagens nos cola mais ao ecrã, mais que não seja para sabermos como vai acabar, como seres humanos 'inatamente' curiosos que somos. Mas ainda assim, pensando do lado dos profissionais, mais uma vez pergunto: Não deveria ser o jornalismo baseado em factos e não em suposições? Ou a desafogada corrida às audiências e ao drama consegue afogar todos estes valores profissionais que julgávamos intocáveis?
Repetem tantas vezes que o desgraçado que sobreviveu devia falar porque é o único que sabe o que aconteceu e depois contradizem-se de tal maneira que se acham donos da verdade ao ponto de, para além de fazerem suposiçõezinhas de espectador, ainda as reproduzem. E as famílias? São assim tão insensíveis que não se lembrem que existem pais e mães, irmãos e irmãs, tios e primos que perderam alguém querido para sempre? Sensatez e moderação não vos diz nada? Eu gostava de saber como isto vai acabar. E principalmente como começou. Mas gostava de saber a versão da única pessoa que a poderá contar. E não a versão imaginada de uma jornalista armada em detective e a brincar aos teatros.

Adiante outra vez. Chega de massacrarem o desgraçado que teve a infelicidade de ser tornar Dux um dia. 
Sou da opinião que ele já devia ter aberto aquela boca pra dizer alguma coisa. Aqueles pais e mães desesperados merecem saber a versão verdadeira de todos os pormenores da História: como foram lá parar, a confirmação de existência ou não de praxes naquela noite, que tipo de praxe, porquê, a história dos pertences de cada um que não foi entregue directamente aos familiares mas andou primeiramente a passar de mão em mão, a história dos telemóveis, as motivações do próprio, a existência ou não de mais pessoas... Enfim, já devias ter aberto a boca seu Dux(ezinho) de meia tigela que provavelmente vias nas praxes o único lugar/situação da tua vida, onde poderias liderar qualquer coisa. Ainda assim, por outro lado, compreendo que tenhas visto 6 pessoas com as quais convivias, morrerem de forma tão assustadora à tua frente. E contra factos, deixam de haver argumentos. Só de imaginar o filme de terror que foi, dá-me arrepios. Quanto mais vivê-lo. Não interessa de quem foi a responsabilidade, porque ninguém foi obrigado a nada. Mas cheguei à conclusão, depois de algumas discussões sobre o tema, que sim precisas de tempo. E tu (a par com a justiça) vais decidir quanto tempo precisas para recuperar do trauma. Isto sim, pode ser chamado como tal.

Quanto ao assunto sobre a proibição das praxes. Esta então dá-me vontade de rir. Preocupem-se com a fome e os problemas na saúde. Deixem as praxes em paz! Proibir as praxes iria fazer com que fossem realizadas à mesma, mas fora das instituições. Proibir não resolve, mas educar sim! Eu fui praxada e praxei. E em nenhum momento achei que me tivessem desrespeitado ou ultrapassado os limites. Tive uma boa educação para ser forte o suficiente para, se em algum momento achasse que a praxe estaria a ir longe demais, ou começasse a sentir medo, vergonha, ansiedade ou desrespeito, me retirar. É como em tudo na vida, há ciganos bons e maus, e pretos e brancos e amarelos também. E há veteranos que não sabem onde termina a brincadeira e a tentativa de uma mais fácil integração e começa a humilhação e vergonha. Ou se calhar até sabem, e é isso que lhes dá prazer. Esses são doentes. Cabe a cada um impôr os seus limites. Não sou contra as praxes, até sou a favor. Mas bem doseadas. Não acho que sejam indispensáveis para uma boa integração, mas ajudam. E tornam a coisa mais divertida numa fase de mudança nas nossas vidas, em que entramos num mundo cheio pressões e responsabilidades que é o mundo académico. É uma forma de, mais rapidamente conhecermos os colegas, a dinâmica do curso, a faculdade. Tudo isto é possível sem a praxe, repito. A praxe é só mais uma forma de. Como tantas outras. Desde que haja respeito e um pingo de humildade tudo corre bem e são proporcionados bons momentos para a posteridade, a par das festas académicas, a primeira vez que vestimos o traje, o baptismo, a benção das fitas...

Culparem o ''gajo que mantém a boca fechada'' não vai resolver nada e é só estupido. Ele não obrigou 6 pessoas a serem praxadas e por muito que tenha exercido alguma pressão psicológica sobre eles, cabe a cada um decidir o que é razoável. E se são adultos para passarem fins de semana fora de casa e longe dos papás, também são, ou deveriam ser, adultos para o que realmente importa: a responsabilidade. Não o foram? Herrar é Umano, pena tenho eu dos que cá ficam.


Respeitem as famílias, a dor e a interminável saudade.
A verdade vem sempre ao de cima.

P.s - Respeitem-se também uns aos outros. E ao Mar, já agora.