domingo, 26 de setembro de 2010

'Domingos' .

E há muito tempo que não passava um domingo assim. Sem fazer nada que contribua minimamente para a sociedade. A fazer um bom zapping, comer cereais e dar um montão de abraços e beijinhos a quem mais merece. Foi realmente um dia bem passado.
E o tempo? Finalmente frio. Nem acredito que estou a dizer isto, mas é verdade. Há uns tempos prá cá que tenho vindo a descobrir o meu amor pelo Inverno (neste caso, esta meia estação denominada Outono). Já chega de Verão. Já chega de calor abrasador, de dias 'amarelos', de sol a brilhar por tudo o que é janelas. Cansei. Quero frio. Quero aqueles casacos guardados no roupeiro desde o ano passado, quero outros que ainda hei-de comprar (e esta era desnecessária), quero cachecóis e mantas, chuva e leite com café. Quero aquecedores. Quero a minha gata quase enfiada dentro do aquecedor como faz todos os anos (isto pareceu um bocado doentio, mas é giro de se ver). Quero ver chapéus de chuva partidos te tanto vento, desde que não sejam os meus, e quero luvas, quentinhas e com borbotos. Quero tardes em casa com o candeeiro da sala a meia luz e quero os filmes de Natal que são os mesmos todos os anos.
Quero qualquer coisa que não seja Verão, e queria-o agora.

E agora, uma sugestão aqui para os nossos ídolos. É a mesma cena todos os anos... Há aqueles que até afinam, e há outros que são uma verdadeira vergonha e que teimam em passar no programa com a denominação de cromos, para dar alguma piada à coisa e principalmente para ajudar às audiências. E depois há aqueles com uma grande história de vida, que aparecem a falar em frente à câmara com uma música triste de fundo e a imagem em câmara lenta. Inovem! Mudem de formato, outra cena qualquer, porque em cada edição já toda a gente sabe o que aí vem. Só uma sugestãozinha. Espero que os senhores produtores da sic não se sintam afectados, mas comecem lá a trabalhar nisso porque ouvi dizer por aí que o novo Big Brother (ou casa dos Segredos) vai dar que falar.

E o Sócrates que se quer demitir, hein? Andem lá mazé com o Orçamento de Estado que essa merda já enjoa!

Bem, vou ali ver os Ídolos. lol

sábado, 25 de setembro de 2010

Dá-me.
Dá.me tudo.
Dá-me qualquer coisa que não seja amor,
Nada que se transforme em dor,
Por entre pólos desconcertantes,
Dá-me amor.
Tráz-me vento,
Fecha-me os olhos,
E deixa-me olhar.te assim.
Olha-me.
Vive-me em cada leve intensa respiração,
Tráz-me no coração,
E fica.
Não te quero.
Por metade, com saudade,
Real.
Quero-te!
Não me dês nada,
Sê capaz de tanto, com tão pouco,
Para mim, sim!
Dá-me tudo.
Dá-me o tudo em cada gesto,
Dá-me o nada em cada rosa,
Quero o mundo,
Dá-me prosa.
Dá-me reflexos em cada manhã,
Deita-te comigo,
Viaja-me. Sussurra-me, Exige-me.
Dá-me silêncio.
Grita, Complica, Descobre-me.
Ama-me agora,
A toda a hora,
Meu bem.
Porque metade de mim és tu,
E a outra também! @

Amo-te!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Nada.

Bem, parece que a minha última chamada telefónica me iluminou para o que vem a seguir. Isto porque não tinha ideias para escrever sobre nada, literalmente. O que não costuma acontecer. Só no caminho casa-trabalho-faculdade, passam.me mil e um pensamentos pela cabeça. Desde a senhora que está à minha frente no metro que tem um tique esquisito, ou o porquê de metade das pessoas que vejo no metro dos 8 aos 80 adormecerem com a cara no vidro (mas será que Portugal é um país cansado onde ninguém dorme à noite?), ou aquele casal tão apaixonado perdido em demonstrações de carinho que se está literalmente nas tintas para as restantes 50 pessoas que os está a observar, ou a vida difícil de motorista do metro, que não vê a luz do dia durante quase todo o seu horário laboral.
O que acontece é que o mundo está cheio. Cheio de tudo. E nada. O mundo também está cheio de nada.Quando não surgem ideias para um texto (como agora), quando alguém nos dá uma resposta tão má que não surge nada para responder naquele segundo, quando nada parece estar certo, ou errado, quando não há nada para fazer, quando não há nada que justifique tantas coisas. Quando principalmente o nada de uns é tanto para outros.

Já imaginaram a quantidade de fenómenos que se passa no mundo enquanto estamos a fazer NADA?

Enquanto o Nada existe, Tudo acontece. Enquanto durmo ou faço aquele zapping matinal, por exemplo, estão pessoas a chegar no trabalho, estão crianças a nascer, estão reuniões de trabalho importantes a acontecer, estão decisões ainda mais importantes a serem tomadas, está alguém no mundo a ser despedido, outro alguém a discutir, está meio mundo a enviar sms, está alguém a sentir-se muito mal, alguém a chorar, gente muito triste ou extremamente feliz. Alguém neste momento pensa ser o alguém de alguém. Enquanto o Nada ancontece, alguém está tão apaixonado que nem o consegue expressar por palavras, alguém está a desistir, de qualquer coisa, mais ou menos importante. Alguém no mundo está tão perdido que a mínima luz seria perfeita, alguém está tão ansioso que não controla a respiração, há outro alguém que está tão nervoso que não consegue parar de tremer. Alguém do outro lado do mundo treme de frio. Algures por aí existe alguém a morrer de calor.

Será verdade que o nada existe?



Enquanto eu escrevo sobre Nada, tu lês isto Tudo.

E do Nada se escreve um texto.
Bem, parece que isto de ter blogs está na moda e começo a perceber porquê. Não querendo aderir a modas, achei por bem criar o meu próprio blog em vez ficar a pensar que já o deveria ter feito. É tão bom escrever, é tão mais fácil do que o dizer por palavras. Seja qual for, sai tão mais facilmente se for escrita. E é estúpido. É estúpido mas é assim. E uma vez mais, não querendo seguir estupidezes, já seguindo, aqui não vou expressar nada mais do que pensamentos, ideias, textos grandes, curtos ou frases soltas que signifiquem alguma coisa para mim e que fluam naturalmente. Por isso espero que este seja o primeiro de muitos. Não quero que este seja um espaço (só) de "desabafos" mas acima de tudo de partilha de ideias, coisas simples. Gosto especialmente de coisas simples. Prometo não usar (negativamente) o nome de ninguém para encher os meus textos.

Por agora é tudo.